terça-feira, 20 de junho de 2017

Incêndios Florestais - A Tragédia em Portugal

Os incêndios que neste último fim de semana deflagraram no Centro de Portugal, mais precisamente em Pedrógão Grande e Fiqueiró dos Vinhos, que ficam no Distrito de Coimbra, nos quais terão sido vitimadas no mínimo 62 duas pessoas,  incêndios que ainda não terminaram por completo, sendo evacuadas 27 aldeias e povoados. O país inteiro está em choque, aliás, a nação está em choque, tanto dentro das fronteiras, como fora de fronteiras, ou na diáspora.

As noticias correram o mundo, encheram os jornais, sobretudo o espanto porque Portugal é um país, onde não ocorrem naturalmente acidentes naturais e mesmo os incêndios florestais, jamais atingiram esta dimensão. Nesta terça-feira terá caído nessa região um avião Canadair que combatia as chamas, aumentando assim o número de vitimas.

Espanha, França e Itália terão enviado aviões e helicópteros para ajudar no combate aos incêndios.

A onda de comoção e solidariedade - A partir dos primeiros momentos a solidariedade foi o que se sentiu mais no espírito da população, além da comoção pelas vitimas mortais que foram encontradas carbonizadas dentro dos seus automóveis, dos sobreviventes que perderam tudo, cujas casas foram totalmente destruídas, além de gado, bens, enfim tudo. É um cenário dantesco que comoveu o mundo inteiro, e levou os portugueses a uma onde de solidariedade em todo o país para auxiliar em tudo o que fosse possível as vitimas e os bombeiros.

Eu pessoalmente só tomei conhecimento do ocorrido domingo à noite, pelas 21hs horário de Brasília, quando eram já 1h da madrugada no horio de Lisboa, fiquei incrédulo, não queria acreditar, depois veio a comoção e a sensação de impotência, resta-nos nesses momentos ter fé e orar.

Emmanuel Macron Inventou o 'Centro'

O projeto político de Emmanuel Macron o novo presidente francês, está a obter os resultados pretendidos, para que o mesmo possa iniciar as reformas políticas a que se propôs. O discurso político de Macron é de uma equidistância aos partidos políticos clássicos, de esquerda socialista e da direita republicana. Assim afirma-se de centro a si mesmo e ao partido que criou a partir de um movimento independente, o 'La France en Marche', que no domingo dia 18 de junho conquistou a maioria absoluta e esmagadora, relegando o PS para a terceira força política com apenas 46 deputados. A FN - Frente Nacional de extrema-direita de Marine Le Pen foi derrotada, face às previsões, contudo, elegeu oito deputados e aumentou muito o numero de apoiantes.
O FM - La France en Marche, aliou-se ao MoDem - Movimento Democrático, que juntos obtiveram 359 dos 577 deputados na AN Assembléia Nacional (Parlamento). Todavia, com uma abstenção eleitoral de 57%, o que revela que o grau de legitimidade é reduzido.

Além de tudo isto, o tempo irá mostrar que o centro político não passará de um discurso de retórica, marketing político ou mesmo mera demagogia, a práxis política impõe decisões que ou serão de cariz social e logo de esquerda, ou estão a favor de melhorar a competitividade e favorecer os mercados e portanto são clara e inequivocamente de direita.

A Direita de cara nova, e de discurso renovado, inventou o Centro, de cariz neoliberal e europeísta, defendendo reformas para uma maior competitividade a favor dos mercados é o novo rosto dos políticos que recusam conotar-se com a direita, inventando o 'Centro', mera palavra de ordem no marketing político eleitoral, que nada tem a ver com os objetivos e interesses económicos dos apoiantes.  

Todavia é inegável que a hegemonia dos grandes partidos acabou aqui, o parlamento tem caras novas, número de mulheres eleitas para o parlamento aumentou, que o número de jovens e de rostos desconhecidos renova a cara do parlamento, muito embora, a total falta de experiência política pode ser a pedra no sapato que impedirá algumas das políticas pretendidas por Macron, e mais precisamente de quem o Apoia.

O Centro de que Macron fala, não poderá ser outro, que não a 'Coxia' do hemiciclo que separa os deputados que se sentam à esquerda ou à direita, ou por outras palavras é tudo o que está fora de cena nos bastidores do Teatro político.

Os deputados em Amarelo representam o FM - La France en Marche de Emmanuel Macron, os cor de laranja, representam o MoDem, e consegue-se observar uma maioria absoluta, quase sem oposição. 
  
Autor: Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Magra Vitória de Thereza May

Os resultados eleitorais no Reino Unido deram uma magra vitória aos Tories de Thereza May, esta é a primeira vitória eleitoral da Primeira Ministra britânica, mas com um sabor a derrota pelo facto de ter perdido a maioria parlamentar.
Logo ao inicio da contagem dos votos os resultados apontavam a vitoria de Jeremy Corbyn, o lider do Labor (Partido Trabalhista), mas à medida que os resultados vinham do restante das terras de sua majestade, o vento da vitória mudou de direção. Corbyn vendo o Labor sendo o segundo partido mais votado, anunciara que formaria governo coligado com partidos menores, chegou a pedir a renúncia da Chefe de Governo, horas depois Corbyn renunciava à liderança do Labor Party.
O que causou este resultado?
Em primeira análise, o resultado destas eleições, é o reflexo de um conjunto de contradições ideológicas e ao mesmo tempo de erros políticos, desde o governo de David Cameron, que inicialmente posicionava-se como um Eurocético e que levou o país a escolher num referendo, se se mantinha ou se sairia da União Europeia, Cameron, acabou depois de uma acordo com o Eurogrupo, por defender com unhas e dentes a ideia europeísta  todavia a maioria dos britânicos escolheu o Brexit, ou seja a saída do Reino Unido e Cameron renunciou, dando lugar a Thereza May, que pretendia com esta eleição o respaldo que lhe faltava para fazer o melhor acordo possível.
Outro fator que influenciou a eleição foi precisamente os atentados terroristas, perpetrados por islamitas radicais, que se sucederam em Londres num espaço de três meses. Thereza May fora acusada de ser a responsável, enquanto ministra de David Cameron optara por fazer cortes no orçamento da defesa e da segurança pública. Mas os discursos de Corbyn não só não foram suficientes, como inclusive afastaram a possibilidade de uma clara maioria da esquerda.
O que está por vir?
Em primeira análise, o futuro governo dos conservadores terá de inicar já dentro de dez dias, os termos do acordo do Brexit com a União Europeia, todavia, mesmo com o apoio dos Unionistas do DUP, nada garante que este governo seja para durar, afinal, esta vitória sabe a derrota para a generalidade dos partidos e dos seus principais protagonistas.


Autor: Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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